5 estratégias para melhorar o atendimento público de saúde
29 de novembro de 2021
O atendimento público de saúde de boa qualidade e humanizado é um ponto positivo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de qualquer país. Além dos benefícios diretos de promoção da saúde — o que melhora a qualidade de vida da população, especialmente entre os mais carentes —, há ganhos amplos para quem se beneficia do sistema, para a sociedade e para a economia.
Com boas condições de saúde, as pessoas têm mais chances de ascensão social, ainda que isso dependa de vários outros fatores. Além disso, tendem a ser mais produtivas e felizes.
Muitas estratégias podem ser aplicadas para melhorar o atendimento público de saúde. Algumas delas são mais difíceis de viabilizar, especialmente as que dependem de alterações na legislação, enquanto outras são mais fáceis de aplicar, com efeito prático — é nessas que vamos focar! Confira o que podemos fazer agora pela saúde no Brasil!
1. Capacitação de colaboradores
Toda atividade de gestão depende de pessoas, especialmente as que envolvem serviços especializados, como é o caso da saúde. São elas que “fazem acontecer”, buscam objetivos, percebem problemas, encontram soluções, desenvolvem e executam estratégias.
Quanto mais preparadas elas estiverem para essas atividades, melhor será a execução e maior o alinhamento no atendimento das necessidades prioritárias. Um exemplo difícil de ser questionado dessa importância é o desempenho que tivemos no enfrentamento da pandemia da COVID-19.
Mesmo com recursos escassos, visões contrárias sobre como agir e limitações naturais que encontramos no enfrentamento de algo desconhecido, podemos dizer que os resultados alcançados são surpreendentes — ainda que tenha sido difícil.
Isso ocorreu graças a pessoas com conhecimento e vontade. É preciso garantir que a equipe conte com todo o conhecimento de que precisa para desempenhar um bom trabalho, que as habilidades sejam continuamente aprimoradas e, obviamente, que a estrutura de apoio seja melhorada o tanto quanto possível.
2. Diminuição da espera na recepção
Seja no pronto atendimento, seja em consultas agendadas, é comum encontrar filas e demora no atendimento de pacientes. Uma pesquisa realizada no estado de São Paulo pelo Instituto Datafolha comprova essa afirmação. Alguns números informados pelos entrevistados foram:
30% aguardavam marcação de consulta;
em média, 47% esperavam até 6 meses para o agendamento;
24% esperavam menos de um mês;
29% esperaram mais de 6 meses.
Em alguns locais, os pacientes precisam aguardar desde a madrugada para conseguir uma senha. Isso não garante, necessariamente, uma consulta com horário definido, mas uma data para atendimento por hora de chegada.
Algumas tecnologias podem facilitar e automatizar o agendamento de um modo seguro e eficiente, alimentando com dados, em tempo real, um sistema sobre a espera, os horários com mais procura e outras informações fundamentais para medir a demanda não atendida.
Sem essas informações, por maior que seja a dedicação em resolver o problema, fica difícil programar ações efetivas para reverter o quadro. Comece, portanto, pelos dados e pela identificação da grandeza do problema.
É isso que vai garantir a possibilidade de elaborar uma solução bem dimensionada, para aplicá-la no máximo de seu potencial, de acordo com os recursos disponíveis. Sabemos que eles são escassos, mas é por isso mesmo que eles precisam do máximo de otimização.
3. Investimento na APS
Segundo o Ministério da Saúde, a Atenção Primária à Saúde (APS), é “[…] a principal porta de entrada do SUS […], [ela] funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde […]”.
Essa característica permite alto grau de otimizaçãodos recursos e serviços, pois caracteriza o meio capaz de direcionar os pacientes para o atendimento correto — evitando que eles passem por vários locais até encontrar o que pode resolver o problema.
Além disso, várias ações de atenção primária, como a dos médicos de família, favorecem iniciativas de prevenção e controle, evitando a descoberta de patologias em estado avançado e diminuindo os gastos assistenciais, os atendimentos de urgência e a sobrecarga de internações.
Além de garantir um atendimento de melhor qualidade, conforto e humanização, a economia gerada pela eficiência da APS permite um melhor aproveitamento de recursos financeiros — que é um gargalo importante para o setor e fundamental para investir ainda mais em ações capazes de melhorar o atendimento.
4. Aumento da produtividade da equipe
A produtividade também é um fator de otimização de recursos, pois, essencialmente, ela significa “fazer mais com menos”. Contudo, há outro aspecto importante a ser considerado: a falta de profissionais e a competição com a rede privada por eles.
Com remunerações superiores, a rede privada atrai os profissionais de excelência — que são mais disputados e, naturalmente, dão preferência para as melhores ofertas. Essa não é uma situação fácil de resolver no curto prazo e localmente, portanto, a solução é aumentar a produtividade e a estrutura, para minimizar o problema.
Existem diferentes maneiras de melhorar a produtividade, como o uso de tecnologia de automação e a estruturação de uma equipe multidisciplinar. Quando essa equipe trabalha com alto nível de cooperação e divisão do trabalho, garante que os profissionais com maior nível de excelência se concentrem nos procedimentos mais complexos, enquanto a equipe dá suporte às tarefas mais elementares, de natureza auxiliar.
5. Investimento em tecnologias
A gestão de saúde moderna não funciona sem dados, que permitem diagnosticar, planejar, executar e monitorar ações com mais eficiência e custos mais baixos. O contexto no qual estamos inseridos — de ampla digitalização e automação de processos nos mais diversos setores — tem alta influência no atendimento em saúde.
Exames digitais podem antecipar diagnósticos com o uso de inteligência artificial e o reconhecimento de imagens. O agendamento de consultas pode ser automático, a regulação pode ser otimizada com plataformas dinâmicas e funcionais, enquanto as consultas e alguns procedimentos podem ser feitos a distância.
Localidades distantes, com dificuldades para atrair médicos especialistas, podem contar com a opinião deles, independentemente de onde estejam — o que pode ocorrer com a participação de um colega diante do paciente.
Com essas tecnologias, o ganho de produtividade é muito grande, e isso tem impacto direto na qualidade do atendimento, principalmente porque ele se torna mais rápido.
Essas são, de fato, ações realistas para a melhoria do atendimento público de saúde. Recapitulando, falamos de atenção primária, foco nas pessoas, produtividade, diminuição das filas — que é um dos grandes gargalos — e adoção de tecnologia.
Agora, temos um convite: conheça o teleatendimento da Sharecare e entenda como ele aumenta a qualidade do atendimento público de saúde. Entre em contato!
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