Fevereiro Roxo e Laranja: O papel do programa Gestão de Crônicos

20 de fevereiro de 2018

O mês de fevereiro é dedicado à conscientização do lúpus, da fibromialgia, do mal de Alzheimer e da leucemia, condições crônicas que não tem cura em curto prazo ou se agravam lentamente e necessitam de acompanhamento médico contínuo. No entanto, é possível conviver com uma doença crônica.

 

Lúpus

O lúpus é uma doença autoimune, na qual a produção de anticorpos em excesso atinge articulações, rins, pulmões e a pele, e pode causar dores frequentes, queda de cabelo, feridas, sensibilidade ao sol, principalmente no rosto e no colo, e convulsões em casos mais graves. A condição requer cuidados diários, como a proteção solar, dietas mais restritivas e o uso de medicamentos imunossupressores.

 

Fibromialgia

A fibromialgia é uma condição que suscita em fadiga forte e dores crônicas pelo corpo, principalmente nos músculos. As causas podem ser várias: alterações do sistema nervoso ou das fibras nervosas, estresse pós-traumático ou distúrbios psíquicos. Entretanto, o que exatamente desencadeia a condição ainda não é conhecido pela ciência, o que dificulta bastante o tratamento. Sendo assim, algumas das formas para controlar as dores e evitar futuros desconfortos é o uso de medicamentos, a prática regular de exercícios, fisioterapia e psicoterapia.

 

Alzheimer

A perda da memória e das funções cognitivas são os principais fatores do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa associada ao envelhecimento. A causa também é desconhecida, mas a doença atinge geralmente a população idosa. Além disso, existe um fator genético para o seu desenvolvimento. No entanto, não existe cura, apenas cuidados paliativos e uso de medicamentos que reduzem os efeitos dos sintomas, especialmente nos estágios iniciais da doença.

 

Leucemia crônica

O câncer é essencialmente uma doença crônica. Entretanto, existem dois tipos de leucemia, a crônica e a aguda. Ambas afetam a medula óssea e, consequentemente, a produção das células sanguíneas. A primeira possui um desenvolvimento mais lento e tende a acometer mais adultos do que crianças, ao contrário das formas mieloide e linfoide agudas.

Na forma mieloide crônica, a produção de leucócitos é aumentada, o que impacta diretamente na produção de células normais do sangue. Já na forma linfocítica, linfócitos subdesenvolvidos são produzidos em grande quantidade. Os sintomas variam muito e podem se confundir com os de outras doenças, por isso é importante visitar seu médico e estar com os exames em dia.

Todas essas condições são crônicas e todas necessitam de acompanhamento médico constante, o que para o estilo de vida de muitos pode ser um empecilho. Foi pensando na manutenção da saúde nas populações com doenças crônicas – sem que haja a necessidade de ir a hospitais e ambulatórios, por exemplo – que a Sharecare criou a Gestão de Crônicos: uma equipe de saúde que conta com mais de 50 enfermeiros, além de outros profissionais. Esses especialistas orientam os participantes na adoção de hábitos mais saudáveis, que os ajudem a superar os desafios de conviver com uma condição crônica.

No programa, as principais doenças acompanhadas são o diabetes, a insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronária, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão moderada e severa. De acordo com 87% dos participantes, entre os 10 mil inscritos na Gestão Crônicos por pelo menos um ano, foi percebida a melhora da saúde de cada um depois de aderirem ao programa.

 

Melhora global

O programa, sob a mesma premissa de outros programas de coordenação de cuidado da Sharecare, monitora os hábitos dos participantes, além de oferecer orientações com foco em mudança de comportamento – e os resultados mostram que isso realmente funciona. Entre os 10 mil participantes, 94% passaram a fazer acompanhamento médico regularmente, 57% aderiram dietas mais saudáveis e 45% começaram a praticar exercícios mais do que duas vezes por semana.

Já para as empresas, comprovando o benefício mútuo, a melhora dos funcionários rederam 74% de economia em custos com internações e 26% com custos ambulatoriais, algo em torno de R$ 742 per capita/mês e R$ 177 per capita/mês, respectivamente.