Homeopatia e saúde mental: como esses dois pontos se misturam?

24 de outubro de 2022

Você já ouviu falar em medicina alternativa e da relação entre homeopatia e saúde mental? De forma bastante simples, é possível entender que as pessoas buscam procedimentos e práticas que “fogem” da medicina convencional, com o intuito de tratar uma série de condições sem a administração de fármacos, antibióticos e medicamentos controlados de forma geral.

Nesse sentido, o paciente é tratado integralmente por meio de terapias alternativas, o que implica a abrangência das suas peculiaridades emocionais, mentais, físicas e espirituais. Inclusive, de acordo com a própria Organização Mundial de Saúde (OMS), essas terapias podem ser entendidas como medidas que fazem parte das tradições de cada país, seguindo-as, e são vistas como práticas complementares às tradicionais. É nesse contexto que a relação entre homeopatia e saúde mental ganha espaço.

Quer entender mais a fundo do que se trata a homeopatia, como ela pode ser aplicada nos mais diversos quadros clínicos e de que forma se direciona ao tratamento especificamente da saúde mental? Então, continue a leitura do artigo!

O que é a homeopatia?

Permeando a área da saúde há mais de 200 anos, o conceito de homeopatia se relaciona fortemente a uma diretriz terapêutica que se fundamenta em princípios que geralmente são enxergados como alternativos às práticas convencionais de tratamento. Ou seja, de modo mais objetivo, é possível entendê-la como uma especialidade que visa a estimular reações orgânicas no paciente em tratamento por meio da administração de dosagens mínimas de “medicamentos” homeopáticos.

Nesse sentido, em sentido oposto à alopatia, com um caráter holístico, os tratamentos homeopáticos mantêm o seu foco no paciente e na história da condição tratada, incentivando o processo de cura pelo próprio organismo. Inclusive, desde o ano de 2006, ela já integra a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde, com oferta gratuita em unidades da rede pública.

A sua característica mais forte é a escuta atenta, com consultas longas para uma anamnese bastante detalhada. Há, então, um olhar muito mais abrangente sobre o paciente em toda a sua integralidade.

Como ela pode ser aplicada a diversos quadros clínicos?

Criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia tem o propósito de restabelecer a saúde emocional, física e mental, individualmente, sem a administração de químicos que tenham o potencial de gerar efeitos colaterais. A razão por trás disso é a observância do princípio fundamental que defende que a saúde humana é dependente do equilíbrio da energia vital — logo, a ocorrência de uma desarmonia pode levar ao adoecimento.

Com base nisso, a variedade de doenças tratáveis a partir da homeopatia é incrivelmente ampla. Nesse contexto, é muito comum que ela seja aplicada, por exemplo, no tratamento de doenças respiratórias, problemas gastrointestinais, disfunções na tireoide e até questões emocionais, ligadas à saúde mental, a exemplo de depressão, ansiedade, estresse e outras condições psicoemocionais. No tópico seguinte, vamos nos aprofundar nesse último ponto.

Como a homeopatia e a saúde mental se relacionam?

Em se tratando da saúde mental, a homeopatia pode se revelar uma grande aliada no tratamento de determinadas condições em razão de a parte comportamental do ser humano ser um dos sistemas que o compõem. Nesse contexto, é possível que ela seja tanto coadjuvante quanto única, a depender da gravidade da doença e do nível de comprometimento do paciente.

Nesses casos, via de regra, o diagnóstico é resultante da avaliação do comportamento do indivíduo, observando-se quais são as condutas do paciente que saem do “lugar-comum”, do que é fisiológico e funcional. Logo, se alguém relatar ao homeopata queixas químico-orgânicas, os aspectos comportamentais serão também analisados — da mesma forma que o inverso.

Ou seja, um indivíduo que apresenta um quadro depressivo terá o seu sistema físico e os seus órgãos sob avaliação durante a consulta com o profissional, haja vista que se entende que a condição não se limite ao âmbito comportamental. Por essa razão, diz-se que o tratamento abrange o todo, a pessoa em sua integralidade — o que pode ser visto como uma verdadeira inovação na saúde.

Também é interessante destacar que, em geral, inexistem contraindicações, desde que haja uma orientação médica para a aplicação da homeopatia. Além disso, é válido pontuar que a OMS autoriza o uso da homeopatia para praticamente todas as doenças, desaprovando, contudo, no caso de enfermidades graves, como câncer, malária, tuberculose etc., em que se deve recorrer preferencialmente ao tratamento clínico recomendado por um profissional da área de saúde.

Por que é importante se manter em constante busca acerca de atualizações relativas a tratamentos homeopáticos?

A realidade é que, especialmente nos últimos anos, temos visto um expressivo impacto negativo na saúde mental na coletividade, principalmente após o período pandêmico vivenciado. Nesse sentido, inclusive, estima-se que a saúde mental foi agravada para 53% dos brasileiros durante esse momento delicado.

No entanto, a questão vai muito além, conforme aponta um relatório da Capita que foi reproduzido pelo ENAP, revelando que 79% dos participantes relataram ter sofrido de estresse no ambiente profissional no último ano, o que destaca a relevância de haver uma maior preocupação com a saúde mental no trabalho.

Nesse sentido, percebe-se o quão fundamental é acompanhar as atualizações relacionadas às práticas homeopáticas, haja vista que a abordagem oferece um tratamento mais personalizado, seguro e livre de toxicidade química, o que provavelmente contribui significativamente para o aumento da procura por terapias alternativas. No primeiro ano da COVID-19, por exemplo, metade da população buscou as práticas integrativas para a promoção da saúde, a fim de desacelerar a mente e cuidar do corpo.

Como você pôde ver, a homeopatia vem ganhando cada vez mais espaço como um tratamento complementar para uma série de condições, o que faz valer a pena o aprofundamento nos seus princípios e nas suas práticas. Entretanto, apenas é importante ressaltar que, embora ela já tenha reconhecimento pelo Conselho Federal de Medicina como especialidade médica, os tratamentos homeopáticos não devem ser substitutos dos métodos inerentes à medicina tradicional.

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