A tecnologia vem facilitando a gestão de dados populacionais e o engajamento dos beneficiários por parte das operadoras de saúde. Mas, por outro lado, esse trânsito intenso de informações levanta preocupação sobre a segurança digital nas organizações.
Que riscos o negócio corre se não investir em proteção na gestão de dados? Como você pode ajudar a operadora a investir na gestão baseada em dados sem pôr em risco a segurança da informação? Neste artigo, vamos conversar um pouco mais a fundo sobre o assunto. Confira!
Desde que se tornou possível coletar, processar e analisar grandes volumes de dados nas empresas, suas diretorias começaram a perceber a vantagem de apostar em uma administração baseada na tecnologia da informação.
O objetivo é ter uma visão ampla e ao mesmo tempo segmentada sobre uma base de clientes e o mercado em que ela está inserida. Com isso, negócios conseguem encontrar padrões complexos de comportamento, antecipar tendências de demanda e até criar novos serviços baseados em necessidades do público que antes eram invisíveis aos olhos humanos.
Mas, infelizmente, não foram apenas as instituições que perceberam esse valor. Criminosos virtuais, vendo o poder que essas informações têm, começaram a mirar com mais frequência os bancos de dados empresariais em busca de lucro.
Para se ter uma ideia desse volume, só em 2019 o Brasil sofreu mais de 24 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. E como esses ativos são utilizados diretamente na operação do negócio e costumam ser confidenciais, um ataque cibernético bem-sucedido pode ser muito nocivo.
Esse é um dos motivos pelos quais o governo brasileiro sancionou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O seu objetivo é criar um padrão rígido de segurança digital no trato de dados de seus cidadãos, demonstrando como o problema precisa ser combatido o quanto antes. É uma questão de responsabilidade e de sobrevivência.
Todo o mercado está investindo em segurança digital para se prevenir de ataques, proteger seus clientes e garantir a viabilidade de seus sistemas. Mas isso é ainda mais importante quando falamos da área de saúde.
O risco tem muito a ver com o valor desses dados tão sensíveis em mãos erradas. Especialistas citam inclusive que informações dessa natureza valem mais até do que dados financeiros, como os de cartões de crédito, já que não perdem a validade com o tempo.
E esse risco ainda é desproporcional ao preparo das organizações ligadas à Saúde para lidarem com ele. Em pesquisa feita pela KPMG, 81% dos executivos no setor afirmaram ter sofrido ataques virtuais, sendo que apenas metade se dizia preparada para lidar com um possível comprometimento.
Mas vamos falar um pouco mais de prática. Como o investimento em segurança digital ajuda uma operadora de saúde a ser atraente para clientes, competitiva no mercado e otimizada do ponto de vista operacional? Veja alguns pontos importantes.
Quando falamos em segurança digital na saúde, o ponto principal é a responsabilidade da operadora em relação à privacidade das informações de seus clientes. O vazamento de alguns tipos de dados podem levar à discriminação relacionada a condições médicas pré-existentes, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.
Quando esse tipo de vazamento ocorre, costuma significar prejuízos enormes, financeiros e de imagem, para a companhia. Mas até isso fica em segundo plano diante do impacto individual para os clientes.
Uma das vantagens da digitalização de dados em uma operadora de saúde é que isso dá tranquilidade para a coordenação operacional: são aproveitados ao máximo os sistemas integrados entre departamentos e clientes, o que diminui vulnerabilidades que possam colocar dados pessoais em risco.
A pandemia em 2020 foi um evento que acelerou consideravelmente a adoção de processos digitais, levando à coordenação de atendimentos remotos e até à implementação da telemedicina.
Outro ponto importante nessa relação é a prevenção de fraudes na rotina da operadora de saúde. Com segurança digital, é possível manter a confiabilidade e integridade de dados, algo que faz bastante diferença na hora de gerenciar um negócio no setor.
Uma empresa da área da saúde que consegue manter um volume maior de dados de clientes, com segurança, visibilidade e disponibilidade, tem melhores condições de acompanhar a transformação digital.
O uso da tecnologia permite redesenhar processos, facilitar o atendimento e simplificar a gestão interna e externa com um sistema único integrado. Operadoras de saúde que otimizam sua operação não só são mais eficientes na entrega ao público, como também gastam menos recursos para isso.
Com tudo o que levantamos no texto até agora, um elemento fica claro: investir em segurança digital é uma obrigação para operadoras que pretendem se manter eficientes e protegidas.
A forma como isso será feito depende de cada negócio, de suas particularidades e de sua capacidade de investimento. Mas existem alguns pontos pelos quais todos têm que passar na hora de blindar o sistema de possíveis ameaças. Conheça os principais.
Muitas pessoas ainda imaginam que estão protegendo melhor seus dados se eles estiverem registrados fisicamente em papel. Mas pense em como esse tipo de documento pode ser perdido, extraviado, rasurado ou destruído.
A verdade é que, com as soluções tecnológicas atuais, é muito mais seguro ter todas essas informações digitalizadas em um sistema. Isso não só cria novas barreiras de proteção como aumenta a disponibilidade para uma operação mais rápida e econômica.
O sucesso da segurança digital depende muito das ferramentas que você tem disponíveis para mitigar os riscos do uso de dados no negócio.
Alguns exemplos são: antivírus, plataformas digitais seguras, sistemas de monitoramento, controle de acesso e backups automatizados.
Além de permitirem identificar e barrar uma tentativa de ataque antes que ela seja bem-sucedida, esses softwares ajudam a recuperar a disponibilidade do sistema se algum evento mais grave acontecer.
É interessante ter essa visão de que sistemas digitais são muito seguros, mas não invulneráveis. Tudo depende da sua estruturação, dos recursos existentes e do preparo de quem os utiliza.
É por isso que toda operadora de saúde deve ter um plano de ação para o caso de invasão. A prioridade é sempre proteger os dados dos clientes, seguido de restabelecer a operação e comunicar o evento às autoridades.
Existe um ditado na tecnologia da informação que diz que a segurança de um sistema é proporcional ao preparo de seus usuários. Muitas tentativas de invasão não são feitas à força, mas enganando pessoas credenciadas de forma que elas permitam um acesso não autorizado sem se dar conta.
Então, invista também na educação da equipe em todos os departamentos. Treinamentos, comunicação interna e monitoramento do uso de dados possibilitam uma rotina de trabalho mais tranquila.
A melhor abordagem atualmente para a digitalização de operadoras de saúde é a busca por plataformas especializadas, integradas e completas na gestão de negócios e clientes do setor. É uma forma de, com uma única solução, centralizar toda a segurança, operação e tomada de decisões em um ambiente dinâmico e automatizado.
Inclusive, podemos considerar que esse é o primeiro passo para um futuro mais protegido dos negócios na área. Reformular estratégias a partir de uma plataforma adequada outorga mais confiabilidade e eficiência, além de contribuir para a redução de custos.
Afinal, segurança digital é sempre um esforço integrado entre pessoas, tecnologias e processos. Se você consegue reunir tudo isso em um único lugar, fica muito mais fácil alcançar o futuro da saúde.
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