De acordo com a Lei nº 10.439/2002, o dia 26 de abril é instituído como Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A hipertensão, também conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelo aumento súbito e sustentado da pressão dentro dos vasos sanguíneos.
A principal problemática relacionada a essa enfermidade se dá em função de ela elevar os riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Dessa forma, torna-se imprescindível prevenir, combater e tratar esse aumento da pressão, de forma a evitar outras comorbidades e a mortalidade.
Pensando nisso, trouxemos um texto que aborda os principais fatores de risco ao desenvolvimento da hipertensão, e como prevenir e combatê-la. Para ter acesso ao conteúdo, é só continuar a leitura!
A hipertensão é caracterizada com uma doença crônica, sistêmica e não transmissível, em que os níveis pressóricos se apresentam acima de 130/80 mmHg. Ela não é passível de cura, mas pode ser controlada por meio de medicações.
Atualmente, a hipertensão é umas das doenças crônicas com maior prevalência no mundo. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde feita em 2021, nos últimos 30 anos, o número de adultos entre 30 e 79 anos com hipertensão aumentou de 650 milhões para 1,28 bilhões de pessoas.
Além disso, a enfermidade cursa com um aumento patológico da pressão do sangue dentro das artérias. Isso, a longo prazo, causa problemas relacionados aos órgãos e tecidos do sistema circulatório, principalmente coração e vasos.
O sangue com maior pressão pode gerar uma perda de complacência arterial, que é a capacidade de acomodação natural pelas artérias ao aumento do volume sanguíneo.
Além disso, pode lesionar o coração ao chegar com maior força a esse órgão, atrapalhando seu funcionamento fisiológico de bombear o sangue e causando, por exemplo, insuficiência cardíaca.
A pressão alta, na sua forma inicial quase não apresenta sintomas. Ou, quando há sintomas, eles podem ser confundidos com os de outras patologias, uma vez que não são muito específicos.
Contudo, ao conhecer as possíveis adversidades, mesmo que leves, que a hipertensão pode causar, essa patologia poderá ser mais bem reconhecida, permitindo o diagnóstico mais precoce.
Além disso, ao tratar a hipertensão, poderá ser evitado o acometimento de outros sistemas, visto que ela reflete uma perda da saúde cardiovascular. Ou seja, é um indicativo de que os vasos sanguíneos ou o coração não está funcionando de forma satisfatória.
Pensando nisso, listamos a seguir os principais sintomas a serem observados:
Ela é causada por um descontrole do corpo em responder adequadamente a mudanças de volume do sangue. Isso ocorre em função do acúmulo de compostos tóxicos, ou até mesmo não tóxicos, mas que em grande quantidade se tornam patológicos ao organismo. A hipertensão também pode ocorrer pelo excesso de ação hormonal em situações de estresse constante.
Sendo assim, ela está diretamente ligada a hábitos e estilo de vida, sendo que alguns apresentam um maior fator preditivo do desenvolvimento de hipertensão. Entre esses fatores, os principais podem ser conferidos a seguir.
A pressão alta, quando não tratada, eleva os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, insuficiência renal ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) precoce, sendo o fator de risco mais importante para este último.
Com a hipertensão, o sangue bate mais forte dentro dos vasos sanguíneos e do coração, lesionando-os. Isso, a longo prazo, causa rupturas espontâneas dos vasos, levando aos quadros de AVC, infarto agudo do miocárdio, entre outras patologias.
A hipertensão é também um dos três fatores de risco mais importantes para ataque cardíaco que uma pessoa consegue modificar — sendo os outros dois fumar e ter níveis aumentados de colesterol no sangue.
Além disso, de acordo com o Vigitel Brasil 2019, entre as 27 capitais brasileiras, a frequência de diagnóstico da pressão alta foi de 24,5%. E, segundo o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, em 2019, a hipertensão causou a morte de cerca de 53 mil pessoas.
Dessa forma fica evidente que, ao combater a hipertensão, diversas outras doenças serão prevenidas. Também se evita o desenvolvimento de comorbidades, visto que um ataque cardíaco ou Acidente Vascular Cerebral podem deixar sequelas severas aos pacientes.
As principais ações para a prevenção da hipertensão se baseiam na mudança de hábitos e estilos de vida. Nesse contexto, a alimentação e a prática de atividades físicas são os fatores que mais recebem destaque, em função de serem os principais para o desenvolvimento na doença.
Na alimentação, podem ser feitas alterações de forma a torná-la mais saudável. O ideal é optar por consumir no máximo 5g de sal por dia, reduzir o consumo de açúcar e alimentos gordurosos, assim como aumentar o consumo de fibras.
Sobre os hábitos de vida, pode-se acrescentar à rotina diária a prática de atividades físicas, mesmo que apenas uma caminhada de 30 minutos. Além disso, é necessário evitar o consumo de álcool e cessar o tabagismo.
Também é possível implementar formas de amenizar os níveis diários de estresse, buscando a prática de atividades de lazer, momentos de distrações e auxílio terapêutico.
Além disso, é de suma importância a manutenção da medicina preventiva, ou seja, não buscar os médicos somente quando os sintomas se instalam, mas sim periodicamente. Isso permite aferir a pressão e realizar exames de rastreio, como exame de sangue, antes do desenvolvimento da doença.
Para tanto, existem diferentes modalidades de cuidado com a saúde, como a telemedicina, modalidade de consulta online que cresceu muito durante o período da Pandemia de Covid-19. Nessa forma de atendimento, é facilitado o acesso à avaliação médica, permitindo maior monitoramento dos fatores de risco e prevenção.
A hipertensão arterial é uma doença crônica muito presente no Brasil. Dessa forma, é imprescindível a atuação da prevenção e combate a essa doença, principalmente por meio do uso das dicas que citamos. Também é importante ter em mente que a hipertensão contribui para o aumento das doenças cardiovasculares e para o desenvolvimento de comorbidades.
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