Fazer a gestão de planos de saúde é uma atividade complexa e que apresenta muitos gargalos. Uma das principais dificuldades diz respeito às reinternações. Isso porque a necessidade de se fazer uma internação pela segunda vez em um curto período de tempo gera desconforto para os pacientes e custos para as operadoras.
No Brasil, um estudo da Mercer Marsh Benefícios mostrou que 10,55% dos pacientes retornam à internação no prazo de 30 dias, sendo que o gasto desse procedimento representou 16,37% do custo total das ocorrências.
Diante desse contexto, é fundamental entender quais são os fatores que mais interferem nos índices alcançados atualmente e os gargalos do segundo processo de internação. Se você quer saber mais sobre o assunto, continue com a leitura!
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define o índice de readmissões como um dos fatores de reajuste dos planos de saúde. Dentro desses aspectos, as taxas de reinternação são as principais. Elas consistem naquelas que o cliente volta para o hospital em até 30 dias após a primeira.
Segundo um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), as taxas de readmissão no Brasil são elevadas. A média é de 19,8%. Além disso, é preciso considerar as causas da primeira e segunda internações, que leva à síndrome pós-hospitalização, que vamos abordar em seguida.
Para evitar as taxas elevadas de readmissão, é preciso saber o que leva ao retorno dos pacientes e diagnosticar possíveis causas invisíveis derivadas dos profissionais. Uma dica é verificar as especialidades que apresentam maior índice.
Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio Grande do Sul apontou que o índice de reinternação no período de sete dias fica em 3% para os adultos e 7% para as crianças. Os maiores percentuais são com as especialidades de:
Mais que isso, é necessário conhecer o perfil da população e melhorar o atendimento hospitalar. Assim, é possível oferecer um atendimento melhor e mais cuidadoso para evitar as readmissões.
Lembre-se ainda de que a taxa de reinternações hospitalares é um indicador de qualidade importante, porque reflete o impacto dos cuidados com o paciente antes, durante e depois da alta. Ele ainda sofre interferência de outros aspectos, como:
Por isso, ações voltadas aos cuidados domiciliares e a implementação de uma política de integração com a rede de atenção primária podem contribuir para melhorar os índices atingidos. Da mesma forma, vale a pena fazer o retorno ambulatorial precoce e desenvolver o hospital para evitar as admissões não programadas e melhorar a qualidade do atendimento.
Um estudo sobre a Síndrome de Pós-Hospitalização mostrou que aproximadamente 40% das readmissões foram geradas por motivos diferentes da primeira, o que evidencia o início do problema já citado e o fato de o hospital ser, muitas vezes, a causa primária.
Como? A pesquisa indicou que boa parte dos incidentes é causada pelo ambiente estressante do hospital e por eventos adversos derivados das internações. Entre as possibilidades estão:
Todos esses fatores impactam a saúde e prejudicam a recuperação. É preciso ter um cuidado extra, principalmente nos dias que se seguem após a alta. Para evitar a síndrome, o ideal é fazer pequenas mudanças, como:
A recuperação completa dos pacientes depende de ações de conscientização sobre os cuidados pós-internação. É necessário promover uma comunicação plena, a fim de evitar as complicações e as readmissões no prazo de 30 dias — inclusive a síndrome de pós-hospitalização.
Além da conversa clara e objetiva sobre a necessidade de atenção, é necessário atuar de maneira preventiva. Uma das maneiras mais eficientes é pela consulta ambulatorial. Quando ela é realizada de maneira adequada após a alta, é possível acelerar o processo de recuperação e identificar possíveis atitudes que prejudiquem os resultados.
Para aumentar a conscientização, é preciso trabalhar diferentes aspectos, a fim de prestar o apoio necessário. Algumas ações indicadas são:
As readmissões são evitáveis em boa parte dos casos. Mais que todas as ações indicadas, é preciso também trabalhar o treinamento dos profissionais. Esse é um ponto fundamental para a gestão e que deve focar o atendimento integrado, com atenção à saúde digital e humanizada.
A ideia é deixar os profissionais seguros para prestar toda a assistência necessária, qualquer que seja o problema do paciente. Desse modo, o cuidado é promovido como uma atividade leve, que melhora a qualidade de vida e trabalha a humanização.
Além disso, são evitados procedimentos desnecessários, que aumentam o estresse, a mudança de rotina e a possibilidade de problemas acontecerem. Essa questão ainda diminui os gastos, já que, em 2017, R$28 bilhões foram despendidos com fraudes e desperdícios.
Para alcançar melhores resultados, vale a pena trabalhar com uma plataforma de gestão integrada, que aumente o engajamento dos pacientes com os cuidados à saúde e o gerenciamento completo dos indicadores de saúde.
A partir dessa prática, é possível observar redução de custos, do absenteísmo e do presenteísmo, ao mesmo tempo em que o engajamento e a produtividade aumentam. Para os planos de saúde, isso representa aumento da competitividade e do bem-estar da população.
O resultado é a redução das reinternações e a possibilidade de aprimorar os índices de todos os fatores listados neste artigo. Além disso, é possível contar com recursos de atendimento ágil, a fim de evitar as buscas desnecessárias ao hospital.
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