Aumento do sedentarismo na pandemia: Quais as consequências?

5 de outubro de 2022
aumento do sedentarismo

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 47% da população brasileira acima dos 18 anos é sedentária e, ao mesmo tempo, por ano, 300 mil pessoas morrem no Brasil por doenças associadas à inatividade física. Inclusive, no período pandêmico, diante da adoção de medidas de isolamento social no intuito de conter a disseminação do novo coronavírus, houve um expressivo aumento do sedentarismo.

No entanto, a pouca — ou nenhuma — movimentação traz consequências bastante negativas. Os resultados são negativos tanto para a saúde, a exemplo de diabetes, doenças do coração e câncer, quanto para a qualidade de vida, refletindo em menos disposição para dar conta de tarefas simples do cotidiano. Além disso, não se deve esquecer de como o sedentarismo pode afetar o rendimento no trabalho.

Para mudar esse padrão comportamental, não há necessidade de começar a correr de um dia para o outro ou de se matricular em uma academia. Na prática, algumas mudanças simples de hábito podem trazer grandes benefícios à saúde, se mantidas com regularidade. Continue a leitura e veja mais!

O que os dados dizem sobre o aumento do sedentarismo no Brasil e como a pandemia elevou essas taxas?

Como dito, com a necessidade de evitar o contato social, durante a pandemia, mais de 60% dos brasileiros se tornaram sedentários. Afinal, a principal atividade de algumas pessoas passou a ser se sentar em frente ao computador ou à TV.

No dia a dia, a prorrogação do período de isolamento resultou em um tempo maior de permanência em casa. Uma pesquisa de comportamento, fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontou que mais da metade dos brasileiros deixaram os exercícios de lado durante esse tempo.

Quais são as consequências que o sedentarismo pode provocar?

Em termos simples, o nosso corpo é preparado para se manter fisicamente ativo. Sendo assim, o sedentarismo pode provocar diversos danos à saúde, tanto em médio quanto a longo prazo. Isso leva ao surgimento de algumas condições, como por exemplo:

  • O diabetes, já que, mesmo que o açúcar desempenhe um papel importante no organismo — a produção de energia —, quando a energia não é utilizada, é gerado um acúmulo do nutriente no corpo;
  • Complicações cardiovasculares, pois, indivíduos sedentários tendem a acumular gordura corporal, o que pode resultar em quadros de hipertensão, AVC e infarto;
  • Osteoporose, haja vista que a prática regular de exercícios físicos colabora para o aumento da produção de tecido ósseo, para a fixação do cálcio e para a manutenção das articulações, enquanto a falta de movimentação, diante da perda de massa óssea, pode gerar complicações.

Como sair do sedentarismo na pandemia?

“A gente sabe que incorporar novos hábitos leva tempo, mas a pessoa precisa, em primeiro lugar, estar disposta à mudança. Depois, ela deve estar consciente que essa atitude não deve ser pontual, por um período determinado, mas esta deve ser uma mudança para toda a vida”, afirma Ana Claudia Pinto, médica endocrinologista e diretora de Desenvolvimento de Produtos, da Sharecare empresa líder na combinação de saúde digital com a gestão de saúde integrada.

Nesse sentido, práticas positivas a serem adotadas na rotina são:

  • Colocar uma música e andar rapidamente pela casa — ou até subir e descer escadas — por dez a quinze minutos, duas ou três vezes diariamente;
  • Pular corda (se não houver quaisquer problemas nas articulações);
  • Utilizar, se disponíveis, uma esteira e/ou uma bicicleta ergométrica;
  • Praticar yoga — o que ajudará, inclusive, na redução de quadros de ansiedade;
  • Realizar tarefas cotidianas regularmente, como varrer a casa, cuidar do jardim, arrumar os armários, brincar com o pet etc.

Mudança de comportamento leva tempo

A pandemia fez com que as pessoas parassem de circular ou que diminuíssem o ritmo. E isso acabou se tornando um hábito, já que foram mais de dois anos alternando entre quarentena ou isolamento e volta ao convívio social. Por isso, é preciso também tempo para conseguir vencer o aumento do sedentarismo.

Segundo a teoria comportamental dos terapeutas James Prochaska e Di Clemente, a mudança de comportamento demanda esforço e tempo e passa por diferentes níveis de motivação. É o que os especialistas chamaram de estágios motivacionais:

  • Pré-contemplação, quando o indivíduo não enxerga a necessidade de mudança;
  • Contemplação, quando há uma percepção dessa necessidade, mas sem uma mobilização por parte da pessoa;
  • Planejamento ou preparação, quando o indivíduo compreende que precisa mudar e passa a avaliar as possibilidades de ação;
  • Ação, quando efetivamente são feitos esforços para mudar o cenário;
  • Manutenção, que é considerada a fase mais desafiadora porque, além de avaliar se as atitudes tomadas levaram a uma real transformação, demanda do indivíduo um esforço para não retornar ao antigo padrão.

Para os terapeutas, inclusive, toda e qualquer mudança só acontece quando uma necessidade real leva à tomada de consciência. Então, não basta apenas querer mudar. É preciso haver esforço e planejamento. Normalmente, isso é o que mais acontece também na saúde, afinal, só depois do aparecimento de uma enfermidade é que as pessoas procuram mudar o seu estilo de vida.

A Sharecare nesse cenário

É a partir dessa consciência proativa que a Sharecare foi desenvolvida. Além de outras soluções, o aplicativo Sharecare pode colaborar para essa mudança de hábitos. Por ser uma ferramenta interativa e projetada para criar perfis individuais de saúde, tem o potencial de facilitar a experiência na busca por informações, já que o usuário recebe dicas de saúde por e-mail, por SMS e na própria plataforma.

A Dra. Ana Claudia Pinto, da Sharecare, acredita que são necessários cerca de dois anos para a pessoa incorporar verdadeiramente os novos hábitos. Por isso, a plataforma foi baseada em princípios de economia comportamental, a fim de facilitar essas mudanças de forma lúdica e interativa.

A orientação sugerida pelo aplicativo promove a mudança de comportamento e a manutenção dos resultados, bem como esclarece eventuais dúvidas sobre saúde e bem-estar. Dessa forma, os participantes podem ter apoio constante para atingir as suas metas, reconhecendo e atuando sobre os fatores de risco por ferramentas e de alertas personalizados.

Por fim, ao combater o aumento do sedentarismo, são notáveis a melhora da saúde e a redução — ou mesmo a eliminação — dos fatores de risco, assegurando uma vida mais saudável. Com isso, o resultado é traduzido em mais felicidade e na elevação da produtividade no trabalho.

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